Miúdos no banco de trás

Miúdos no banco de trás

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Canta Rebeca canta

Ultimamente a Rebeca inventa canções sempre com a mesma música (a do Balão do João) e só vai mudando a letra.
-"Rebeca canta a música do cocó."
E ela toda animada começa:
-"Cocócó, cococó, cococococoó...".
E a brincadeira continua:
-"Agora canta a música do papá."
-"Papapá, papapá, papapapapapá".

Hoje voltaram à mesma brincadeira e o Isaac diz-lhe:
-"Rebeca canta a música do ornitorrinco."
Desatamo-nos a rir e explicamos-lhe (como se ele não soubesse) que têm de ser palavras curtas.
-"Vá Rebeca, canta a música do estegossauro".

terça-feira, 2 de junho de 2015

À homem

Ao regressar da praia, e apesar de ter a comida pronta, tinha de ser aquecida para dar o jantar aos miúdos. O Isaac já tinha tomado banho e queria começar a comer.
-"Isaac tens de esperar filho, falta aquecer a sopa."
-"Oh mamã eu como a sopa fria."
-"Não comes nada isso frio. E também te aquecer a massa. A comida fria não tem piada nenhuma."
-"Não é preciso mamã, eu como mesmo assim. É mesmo à homem."
E não é que comeu mesmo?!

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Quando for adulto vou fazer o mesmo mamã

Ao passar na rua por vários cartazes que publicitavam uma exposição patente no Algarve, ele insistiu várias vezes que queria ir ver.
Depois de ponderarmos, decidimos levá-lo (eu e o Ricky fomos há uns anos e apesar do tema mudar todos os anos, não nos apetecia ir novamente).
No dia planeado  demos-lhe a notícia:
-"Filho, hoje vamos à cidade de areia, que tu tanto queres ver."
-"A sério mamã?!" com os olhos a brilhar.
-"Sim, vamos mesmo porque tu queres ir. Vamos por ti, sabes que nós já lá fomos."
-"Oh mamã, quando eu for adulto vou fazer o mesmo pelos meus filhos."

domingo, 31 de maio de 2015

Língua estrangeira

No passeio que fizemos às grutas do Algarve, ia connosco no barco um casal holandês com uma menina de cerca de 3 anos. A Rebeca de vez em quando choramingava (era tudo estranho para ela, um barco, muita água à volta, a velocidade, enfim...) e a certa altura a menina vira-se para trás, aponta para a Rebeca e diz à mãe qualquer coisa que nem o Isaac nem nós percebemos mas ele respondeu-lhe alto e bom som:
-"A minha irmã não é um peixe ouviste?"
A miúda ficou espantada (e calada) a olhar para ele.
(A palavra chorar em holandês é "schreeuw", portanto o Isaac percebeu o sch e lá achou que ela estava a chamar peixe à irmã.)